Na semana em que Carlos Massa, o Ratinho, completa 20 anos de contratado do SBT, Débora Bergamasco recebe o veterano em seu “Poder em Foco”.
A atração vai ao ar no domingo (9) após o “Programa Silvio Santos. Na ocasião, Ratinho fala sobre seu estilo de fazer TV que une humor, artistas, gincanas e quadros célebres há duas décadas em seu programa.
Os jornalistas Mauricio Stycer, Cristina Padiglione e Leão Lobo estarão na bancada para entrevistar Ratinho e relembrarão o trabalho do apresentador antes de sua chegada à televisão.
“Nós fomos num circo em Jandaia do Sul e o Mazzaropi estava fazendo show nesse circo. Ele botou aquele monte de criança para cantar e eu era uma das crianças, mas era o menorzinho. E eu acho que eu era o mais engraçadinho e, segundo meu pai, ele pegou na minha cabeça e falou: “ó menino, você vai ser artista””, conta.
Ratinho relembra arrependimento na carreira
Ex-repórter policial, o apresentador fala sobre o sequestro de Zezé di Camargo e Luciano, seu “único arrependimento”: “me arrependo de ter me metido no sequestro do Zezé Di Camargo e Luciano. Fiquei com medo porque eu conhecia a quadrilha que estava com o irmão deles. Eu tinha certeza que, se eles não pagassem, ia acontecer alguma coisa com o menino. Me meti com medo. Mas era o trabalho da polícia, não era meu, eu estava errado”.
Ratinho ainda abre o jogo sobre a televisão e sua relação com as mudanças na sociedade: “nós acompanhamos não a mudança da sociedade, mas da comunicação. No primeiro momento eu fazia um programa de sensacionalismo, mas fazia humor também. Agora, vendo que a internet estava dominando o sensacionalismo, resolvi ir para o entretenimento… Sensacionalismo nunca vendeu para grandes empresas. Acho que o entretenimento vende mais”, afirma. “Eu não me policio. Estou me acostumando a ser um pouquinho politicamente correto, mas não gosto”, completa.
Ratinho ainda fala sobre o sucesso de seu programa e vida pessoal
- “Meu programa já está vendido até o final do ano em merchandising. Gosto disso porque eu vejo o lucro que eu dou pro SBT. Eu não me sinto pesado para o SBT. Quando o SBT me pagava um baita salário eu me sentia pesado, hoje não sinto mais.”
- “Eu não namorei muito (na adolescência) porque era feio né. Feio e pobre não namora… Solange (esposa) era muito tímida e foi assistir aquele negócio da moça que virava macaco. Fiquei esperando ela assustar (para segura-la). Nunca mais largou de mim.”
- “Sou apaixonado por política. Gosto. Política é a arte de mudar a vida das pessoas. (Mas) Não tenho essa paciência. Não sou parlamentar. Sou meio ditador, não sirvo para parlamentar.”
- “Foi a pior experiência da minha vida. Se tivesse que escolher vender espetinho de gato ou ser deputado, juro pelos meus filhos, voltaria a vender espetinho.” (sobre não querer voltar a ser político)
- “Quero sair daqui em uma cadeira de rodas carregado para o cemitério. Quero morrer na televisão. Televisão pra mim não é trabalho, é um parque de diversões. Se eu pudesse morar no trabalho eu faria uma casa e moraria aqui dentro.”