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Defesa de ex-assistente critica MP por arquivar inquérito contra Otávio Mesquita e alega racismo institucional

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A equipe jurídica de Juliana Oliveira, antiga assistente de palco do programa “The Noite com Danilo Gentili”, manifestou veementemente sua insatisfação com a decisão do Ministério Público de São Paulo de arquivar o inquérito que investigava uma acusação de estupro contra o apresentador Otávio Mesquita. A resolução, oficializada em 12 de novembro, encerra o processo criminal em primeira instância.

Em nota oficial, os advogados de Juliana Oliveira declararam que o órgão ministerial desconsiderou o principal elemento probatório apresentado pela acusação, um vídeo que, segundo a defesa, continha imagens de agressões sexuais e uma confissão do apresentador. A defesa classificou a análise do MP como uma minimização do caso, tratando-o como “insignificante, irrelevante, banal e insuficiente” para justificar uma ação penal. A equipe também argumentou que a decisão reflete um padrão de desvalorização de denúncias feitas por mulheres negras.

A nota divulgada pela defesa prossegue acusando o Ministério Público de basear sua decisão em “ideologias raciais e patriarcais”. Os representantes legais de Oliveira ressaltam que a minimização de “uma cena pública de estupro” não é surpreendente, visto que, segundo eles, vítimas negras são frequentemente tratadas como objetos e submetidas a abusos sem o devido amparo estatal. A defesa citou ainda decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos para sustentar a alegação de que o sistema de justiça, em alguns setores, trata de forma desigual casos que envolvem pessoas negras.

Apesar do arquivamento, a defesa de Juliana Oliveira assegura que não desistirá e buscará reverter a decisão nas instâncias superiores do Judiciário. “Estamos seguros de que as instâncias superiores do Poder Judiciário irão apreciar o caso com base nos fatos e provas”, afirmaram os advogados, indicando que empregarão todos os recursos legais para evitar que o caso seja “engavetado”. Enquanto a luta pela reabertura das investigações continua por parte da defesa, a decisão do MPSP põe fim, por ora, ao processo criminal contra Otávio Mesquita.

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Otávio Mesquita pronunciou-se pela primeira vez sobre o caso em entrevista ao portal LeoDias, expressando alívio com o desfecho e confiança na justiça. “Até digo a todos, ao longo dos meus 40 anos de televisão, por ter sido uma pessoa muito correta, ética e sempre de bom humor, eu nunca tive nenhum processo de trabalho, pessoal, enfim, nada”, declarou o apresentador.

O caso, contudo, permanece em evidência, prometendo gerar debates dentro e fora do meio jurídico, especialmente em decorrência das alegações de racismo institucional levantadas pela defesa de Juliana Oliveira.

Confira a íntegra da nota da defesa de Juliana Oliveira:

“A defesa de Juliana Oliveira deplora o fato de que um vídeo contendo imagens explícitas e reiteradas de agressões sexuais, incluindo confissão expressa do agressor, seja considerado pelo Ministério Público como algo insignificante, irrelevante, banal e insuficiente para dar início à instrução processual penal, instância competente para apuração e julgamento do ocorrido. Lamentavelmente, não nos surpreende que o Ministério Público paulista considere irrelevante uma cena pública de estupro, uma vez que a vítima, uma mulher negra, é frequentemente tratada como mero objeto sexual, sujeita a toda sorte de ultraje, aviltamento e abuso”, escreveu Hédio Silva Jr., advogado de Juliana Oliveira.

“Estamos seguros de que as instâncias superiores do Poder Judiciário irão apreciar o caso com base nos fatos e provas, e que Juliana Oliveira terá oportunidade de ver sua demanda examinada com isenção, equidistância e técnica jurídica, e não com base em ideologias raciais e patriarcais. Juliana Oliveira utilizará todos os recursos que a lei lhe assegura para que seu caso não ingresse na infame galeria de conivência de setores do Ministério Público com o racismo: tão zelosos para condenar negros quanto para arquivar investigações nas quais negros figuram como vítimas, conforme reconhecido mais de uma vez pela Corte Interamericana de Direitos Humanos”, concluiu o profissional.

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Justiça Arquiva Processo Contra Otávio Mesquita Por Acusação de Estupro; Apresentador Reage

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O Ministério Público de São Paulo determinou o encerramento definitivo do processo criminal movido por Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do programa ‘The Noite’, contra o apresentador Otávio Mesquita. A acusação de estupro, que se originou de um incidente ocorrido durante uma gravação em 2016, não prosseguirá na esfera judicial após a decisão proferida em 12 de novembro.

O caso ganhou notoriedade após a denúncia de Juliana Oliveira, que relatou ter sido vítima de violência sexual nos bastidores de uma participação de Mesquita no programa de Danilo Gentili, em abril de 2016. A repercussão do fato gerou intensa discussão na época.

Em pronunciamento após o arquivamento, Otávio Mesquita expressou alívio com a resolução. “Ao longo dos meus 40 anos de televisão […] nunca tive nenhum processo… lamentavelmente isso aconteceu de uma maneira que eu posso derrubar nem sei o que dizer para todos vocês”, declarou o comunicador, visivelmente emocionado com o desfecho.

Conforme apurado, a promotoria concluiu que, apesar de a conduta do apresentador poder ter sido considerada inadequada, não foram encontrados elementos suficientes para comprovar a ocorrência de agressão sexual, intenção libidinosa ou coerção. A defesa de Juliana Oliveira buscou reverter a decisão, mas a Procuradoria-Geral de Justiça manteve o arquivamento, selando o fim da ação penal.

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Apesar do encerramento da esfera criminal, o embate entre as partes ainda não chegou ao fim. Otávio Mesquita moveu uma ação cível contra Juliana Oliveira, buscando uma indenização de R$ 50 mil por danos morais, alegando ter sofrido prejuízos em sua reputação. Juliana, que optou por não comentar a decisão recente, anteriormente sustentou ter sido alvo de assédio durante a gravação do programa.

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Astrologia: Quais Signos Passarão por Profundas Mudanças na Transição para 2026?

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A entrada no ano de 2026 promete ser marcada por uma atmosfera de planejamento e direcionamento estratégico, impulsionada pela influência de Sol e Vênus em Capricórnio.

Essa configuração astrológica sugere um período de reavaliação de metas e a necessidade de abordagens mais ponderadas e ambiciosas para alcançar objetivos de longo prazo. A energia capricorniana, conhecida por sua disciplina e pragmatismo, convida à reflexão sobre o que realmente importa e como construir bases sólidas para o futuro.

Observadores do céu e entusiastas da astrologia já apontam para determinados signos que sentirão de forma mais intensa essas transformações. A transição de 2025 para 2026 pode desencadear momentos de autodescoberta e redefinição de caminhos, exigindo adaptabilidade e resiliência.

A influência planetária na virada do ano pode catalisar mudanças significativas, desde a esfera pessoal até a profissional. A busca por estabilidade e a consolidação de projetos ganham destaque, à medida que os astros sinalizam um período propício para quem estiver disposto a trabalhar arduamente por seus anseios.

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Dom Pedro II: Um Legado em Livros para Celebrar os 200 Anos do Imperador

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Em 2 de dezembro, o Brasil celebra os 200 anos de nascimento de Dom Pedro II, uma das figuras mais emblemáticas e influentes de sua história. Para aprofundar o conhecimento sobre a vida, o reinado e o legado do segundo e último imperador do país, uma seleção de obras literárias oferece um mergulho detalhado em sua trajetória.

As publicações abordam desde os primeiros anos de sua educação e o início de seu longo governo, marcado por transformações políticas e sociais significativas, até os desafios que culminaram na Proclamação da República. A obra de Dom Pedro II, tanto em sua atuação política quanto em seu papel como incentivador das artes e das ciências, é um campo vasto para estudo e reflexão.

Através de biografias, ensaios históricos e análises acadêmicas, os livros convidam o leitor a compreender a complexidade de um monarca que governou por quase meio século e que deixou marcas indeléveis na identidade nacional. A leitura dessas obras é uma oportunidade ímpar para revisitar um período crucial da formação do Brasil e para entender a relevância de Dom Pedro II no cenário nacional e internacional de sua época.

Dom Pedro II: Um Legado em Livros para Celebrar os 200 Anos do Imperador

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