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Apresentadora da Band compara feminicídios diários a “chacina” e clama por fim à violência contra mulheres

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A apresentadora Adriana Araújo, do Jornal da Band, utilizou um tom contundente para descrever a realidade da violência contra mulheres no Brasil, classificando os feminicídios diários como uma “chacina”. Em seu comentário exibido na edição de segunda-feira (01), Araújo destacou a frequência alarmante com que mulheres são vítimas de crimes passionais e violentos.

Segundo a jornalista, “monstros homicidas matam ou tentam matar mulheres todos os dias. São 15 por dia. Quatro dessas mulheres vão morrer”, enquanto outras sobrevivem a ataques brutais, mas “destroçadas, com uma dor tão profunda que nada apaga”.

O desabafo da apresentadora foi motivado por reportagens sobre os casos de Tainara Souza Santos, de 31 anos, que teve as pernas amputadas após ser atropelada e arrastada por seu ex-companheiro em São Paulo, e Evelin de Souza Saraiva, de 38 anos, que escapou da morte após sofrer uma tentativa de homicídio pelo ex-parceiro enquanto trabalhava em uma pastelaria. Ambas as vítimas, citadas por Araújo, são exemplos de mulheres que, embora tenham sobrevivido, carregam sequelas físicas e emocionais permanentes.

“Quantos horrores mais nós teremos que noticiar para que isso acabe? Que palavra falta eu dizer? Que apelo falta às mulheres fazerem para que a polícia, a justiça, para que o país acorde e dê um basta nessa chacina?”, questionou Araújo, criticando a aparente inércia das instituições diante do cenário de violência.

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São Paulo em alerta com recorde de feminicídios em 2025

Na capital paulista, os primeiros dez meses de 2025 registraram 53 casos de feminicídio, o maior índice anual desde 2018. No estado, o número total alcançou 207 casos, um acréscimo de 8% em relação aos 191 registrados em 2024. A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-SP) assegura que o combate à violência contra a mulher é uma prioridade, com ações como a “Cabine Lilás”, que já realizou cerca de 14 mil atendimentos, e a expansão das Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), incluindo salas de plantão 24 horas e atendimento por videoconferência com delegadas.

Panorama Nacional: Mais de 41 mil mortes violentas de mulheres entre 2015 e 2024

Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública revelam que, entre 2015 e 2024, o Brasil contabilizou 11.650 feminicídios. Em 2023, foram 1.438 casos, com um leve aumento para 1.450 em 2024. Estes números referem-se a assassinatos tipificados pela lei federal de março de 2015, que abrange violência doméstica, familiar ou discriminação de gênero. No mesmo período, foram registradas 29.659 ocorrências de homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte de mulheres. Somados aos feminicídios, o total de mortes violentas de mulheres entre 2015 e 2024 atinge 41.309. Apesar do aumento em 2024, houve uma redução de 5,07% na violência letal contra mulheres em comparação aos anos anteriores em âmbito nacional.

Críticas à impunidade e clamor por justiça

Adriana Araújo também expressou sua indignação com a percepção de impunidade para os agressores, afirmando que “uma mulher morta ou uma mulher mutilada é um prêmio” para muitos deles. A apresentadora criticou a falta de punições rigorosas, declarando: “Enquanto não existir uma Tremembé para feminicidas, enquanto eles não apodrecerem atrás das grades, eles são os vitoriosos e todas nós estamos condenadas, porque a dor de uma mulher mutilada dói em todas nós”.

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Felipe Neto Compartilha Luta Contra Transtorno Mental: ‘Complexo de Descrever’

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O influenciador digital Felipe Neto utilizou suas redes sociais para dialogar com o público sobre a complexidade de um transtorno mental que o afeta. Em uma recente troca com seus seguidores, o youtuber se abriu sobre os desafios inerentes à sua condição, descrevendo-a como algo intrinsecamente difícil de verbalizar.

Neto, conhecido por sua vasta audiência e por abordar temas diversos, procurou transmitir a profundidade de suas experiências, evidenciando que a natureza de seu transtorno mental impõe barreiras significativas na sua tentativa de comunicação e compreensão por parte dos outros. A declaração surge em um contexto onde figuras públicas têm se tornado mais vocais sobre saúde mental, buscando desmistificar e encorajar o diálogo aberto sobre o assunto.

Felipe Neto Compartilha Luta Contra Transtorno Mental: 'Complexo de Descrever'

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Além do Agente Secreto: Paulista de 37 anos desponta como aposta brasileira para o Oscar

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O Brasil pode ter mais de uma chance de brilhar na próxima edição do Oscar. Enquanto a expectativa se volta para o desempenho de “O Agente Secreto”, com Wagner Moura no elenco, o diretor de fotografia Adolpho Veloso, de 37 anos, surge como uma promissora candidatura brasileira, em potencial indicação pelo filme “Sonhos de Trem”.

Veloso, natural de São Paulo, já sentiu o gostinho do reconhecimento ao figurar na shortlist do Critics’ Choice Awards, premiação que frequentemente antecipa os indicados à cobiçada estatueta dourada. Esta possibilidade se soma à esperança do país em conquistar seu segundo Oscar, após o triunfo de “Ainda Estou Aqui” na categoria de Filme Internacional neste ano.

Após o sucesso de “Sonhos de Trem”, que já está disponível na Netflix, a carreira de Veloso segue em ascensão. Ele foi escalado para assinar a fotografia de “Remain”, o vindouro projeto do renomado diretor M. Night Shyamalan, conhecido por sucessos como “O Sexto Sentido” e “A Vila”.

Formado pela FAAP, em São Paulo, Adolpho Veloso acumula uma sólida trajetória na indústria publicitária e também emprestou seu talento à direção de fotografia de videoclipes, incluindo o hit “Ameianoite”, colaboração entre Pabllo Vittar e Gloria Groove.

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Ainda sobre “O Agente Secreto”, que está em cartaz nos cinemas brasileiros, as projeções indicam possíveis indicações em, pelo menos, duas categorias: Filme Internacional e Ator, para Wagner Moura.

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Morra, Amor: Lynne Ramsay Explora a Dualidade Feminina em Novo Drama com Jennifer Lawrence

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Com a temporada de premiações se aproximando, o burburinho em torno de potenciais indicados começa a ganhar força. Um dos filmes que já desperta grande atenção é Morra, Amor (2025), dirigido pela aclamada cineasta Lynne Ramsay. Desde sua estreia mundial no Festival de Cannes 2025, a atuação visceral de Jennifer Lawrence, já laureada com um Oscar, tem sido amplamente elogiada.

Os aplausos à performance de Lawrence são merecidos, mas é crucial reconhecer que tal feito se deve à entrega da atriz a um roteiro complexo e desafiador, habilmente conduzido pela visão de Ramsay.

Morra, Amor é um drama psicológico que se debruça sobre a história de Grace, interpretada por Lawrence. Baseado no romance homônimo de Ariana Harwicz, o filme acompanha uma jovem mãe vivendo na zona rural de Montana, que enfrenta uma severa depressão pós-parto e surtos psicóticos. Esses transtornos começam a minar seu casamento com Jackson (Robert Pattinson) e a abalar sua própria sanidade.

Uma leitura superficial da sinopse pode não capturar a profundidade das emoções e ideias exploradas por Ramsay. A diretora constrói uma narrativa que evoca uma releitura do Jardim do Éden, com Pattinson e Lawrence em papéis que remetem a Adão e Eva.

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Essa abordagem pode soar familiar para quem se recorda de Mãe! (2017), de Darren Aronofsky. Naquele terror psicológico, Aronofsky buscou retratar a jornada bíblica do Gênesis ao Apocalipse, com uma protagonista feminina imersa em um cenário doméstico e religioso. No entanto, a tentativa de Aronofsky de explorar as diferenças entre o masculino e o feminino foi criticada por alguns como uma expressão de ego autoral, em vez de uma meditação profunda sobre a condição humana.

Lynne Ramsay, por outro lado, evita as armadilhas de Mãe!. Ela recria o mito da criação abraâmica utilizando elementos familiares: o Jardim (a paisagem rural de Montana), Adão e Eva (Jackson e Grace), Deus (o pai de Jackson), a serpente (a mãe de Jackson) e o fruto proibido (um misterioso motoqueiro). A genialidade de Ramsay reside em ressignificar esses elementos para desvendar as complexidades da experiência feminina, em suas dimensões horizontal e vertical.

A jornada de Grace, cujo nome evoca a ideia de ‘graça’, torna-se um portal para a exploração da luz e da sombra inerentes à condição feminina. Uma cena inicial emblemática ilustra essa dualidade: Grace se levanta para amamentar seu bebê. Após colocá-lo para dormir, ela se dirige ao seu escritório, onde deveria trabalhar em seu romance, mas encontra uma superfície branca sob a mesa. Ao despejar tinta nanquim (preta), gotas de seu leite materno (branco) caem sobre a mesma superfície, misturando-se. Mais do que uma representação das dificuldades da maternidade e da depressão pós-parto, a cena é uma declaração sensorial do Yin-Yang presente na natureza feminina.

A filosofia taoísta do Yin e Yang descreve a dualidade de todas as coisas no universo, duas forças opostas e complementares. O Yin representa o princípio da noite, da Lua, da passividade e absorção; o Yang, o Sol, o dia, a luz e a atividade. Segundo essa visão, cada ser possui um complemento do qual depende para existir, e nada existe em estado puro, mas em constante transformação. O diagrama do tei-gi simboliza o equilíbrio dessas forças, com o preto (Yin) e o branco (Yang) em um movimento contínuo de geração mútua, refletindo a natureza fluida e mutável da realidade.

Em essência, Lynne Ramsay discorre sobre um princípio humano fundamental: somos seres de luz e sombra, cujas experiências internas e externas se manifestam. A cineasta utiliza Grace e a atuação intensa de Jennifer Lawrence para expressar a eclosão dessas emoções e pensamentos, que levam a protagonista a um estado mais primitivo, imersa na vastidão da natureza de Montana, longe das convenções da vida urbana.

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Diferentemente de trabalhos anteriores de Ramsay, como Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011) e Você Nunca Esteve Realmente Aqui (2017), que apresentavam um tom ligeiramente mais esperançoso ao final, Morra, Amor oferece uma experiência mais crua. Contudo, essa aspereza não deve ser interpretada como pessimismo. Pelo contrário, o filme se configura como um ato de enfrentamento, um desafio às noções pré-concebidas sobre o que significa ser mulher. É um mergulho no ‘calor do inferno’ em seu estado mais natural, pois, ao provar do ‘fruto proibido’, a personagem torna-se plenamente consciente da luz e da sombra que transitam continuamente em seu ser feminino.

Morra, Amor: Lynne Ramsay Explora a Dualidade Feminina em Novo Drama com Jennifer Lawrence

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