A cantora Ana Castela gerou burburinho nas redes sociais ao surgir com os olhos visivelmente inchados e avermelhados em suas postagens recentes. A aparência da artista despertou preocupação entre seus seguidores, que rapidamente especularam sobre o estado de saúde da cantora. No último domingo (14), a própria Ana Castela veio a público para esclarecer a situação e acalmar os ânimos de seus fãs.
A artista revelou que foi diagnosticada com conjuntivite. Ela explicou que a inflamação, que inicialmente afetou um dos olhos, acabou se estendendo para o outro, um desdobramento considerado comum para este tipo de condição, especialmente se os cuidados iniciais não forem adequados.
A conjuntivite, caracterizada pela inflamação da conjuntiva – a fina membrana que recobre a parte branca dos olhos e o interior das pálpebras – é uma condição oftalmológica frequente, segundo o oftalmologista Antônio Sardinha, do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC). O especialista detalha que as causas podem ser variadas, incluindo infecções virais, bacterianas, reações alérgicas ou mesmo irritações provocadas por agentes externos como poluição, fumaça ou substâncias químicas.
Os sintomas típicos incluem vermelhidão, edema (inchaço), prurido (coceira), sensação de ardência, lacrimejamento excessivo e a presença de secreção. A natureza da secreção ocular pode oferecer pistas sobre a origem da conjuntivite. Sardinha pontua que, em casos virais, a secreção tende a ser mais aquosa, enquanto nas de origem bacteriana, é comum que seja mais espessa.
O oftalmologista também ressalta a facilidade com que a conjuntivite pode se propagar de um olho para o outro. “O simples ato de coçar o olho afetado e, em seguida, tocar no outro olho, facilita a transmissão. Por isso, a higiene das mãos é fundamental para prevenir a disseminação”, enfatiza Sardinha.
A conjuntivite, em suas formas viral e bacteriana, é particularmente contagiosa. A transmissão pode ocorrer através do compartilhamento de objetos de uso pessoal, como toalhas, travesseiros, cosméticos e até mesmo colírios.
Para conter o avanço da inflamação e promover a recuperação, medidas como lavagem frequente das mãos, evitar o contato direto com os olhos, suspensão temporária do uso de maquiagem e lentes de contato, e a manutenção da higiene ocular são essenciais.
O tratamento da conjuntivite varia conforme a causa subjacente. Em quadros virais, o manejo geralmente envolve medidas de alívio sintomático, como o uso de lágrimas artificiais e a aplicação de compressas frias. Já em infecções bacterianas, colírios antibióticos podem ser prescritos, sempre sob orientação médica.
O oftalmologista faz um alerta crucial contra a automedicação. “O uso de colírios sem prescrição, especialmente aqueles que contêm corticoides, pode agravar o quadro. A recomendação é sempre buscar avaliação de um oftalmologista”, conclui Antônio Sardinha.