A influenciadora Carol Peixinho tem chamado a atenção nas redes sociais ao compartilhar abertamente os desafios da maternidade recente. Em um relato sincero e sem rodeios, a mãe de primeira viagem expôs a rotina intensa e a privação de sono enfrentadas desde a chegada de seu filho, gerando rápida identificação com seu público.
Peixinho descreveu noites de vigília contínua, marcadas por desconfortos do bebê, como crises de gases e choro persistente. A exaustão física e emocional decorrente da falta de descanso foi explicitada pela influenciadora, que confessou ter passado de momentos de riso a lágrimas, evidenciando a vulnerabilidade inerente a esta fase. Seu desabafo rompe com a idealização da maternidade, apresentando um retrato mais fiel e menos romantizado do puerpério.
Especialista Analisa Impactos da Privação de Sono no Pós-Parto
Dra. Luana Carvalho, médica com foco em saúde mental materna, comentou a situação, explicando que os desafios cotidianos do cuidado com um recém-nascido, como cólicas e despertares frequentes, são amplificados pela privação de sono característica do pós-parto. “A privação de sono reduz drasticamente a capacidade de raciocínio e regulação emocional. Quando o choro do bebê se soma à insegurança e à responsabilidade do cuidado, o cérebro materno entra em estado de alerta máximo”, detalhou a especialista.
A médica ressaltou ainda os efeitos fisiológicos da falta de sono, como o aumento dos níveis de cortisol (hormônio do estresse) e a diminuição de neurotransmissores associados ao bem-estar, como a serotonina. Esse desequilíbrio hormonal pode levar a um estado de maior sensibilidade, irritabilidade e fragilidade emocional, tornando tarefas rotineiras mais desafiadoras.
A Sobrecarga Silenciosa do Puerpério
A Dra. Luana Carvalho também abordou os sentimentos de culpa e frustração que podem surgir quando a mãe se vê incapaz de aliviar o desconforto do bebê. Ela alertou que, sem o suporte adequado e períodos de descanso, esses sentimentos podem evoluir para quadros de baby blues, ansiedade pós-parto ou até depressão materna. “Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas de responsabilidade. A maternidade não foi feita para ser enfrentada sozinha e descansar também é cuidado”, enfatizou a Dra. Luana.
Ao compartilhar sua experiência, Carol Peixinho contribui significativamente para a desmistificação do pós-parto e para a validação dos sentimentos de outras mães. A especialista concluiu que a coragem em expor a realidade permite que outras mulheres se sintam autorizadas a expressar suas próprias dificuldades, e que o acolhimento a essas mães fortalece todo o núcleo familiar.