A Justiça do Estado de São Paulo determinou a concessão de uma medida protetiva em favor da diretora de audiovisual Renata Galvão, 46 anos, contra o cantor e ator Paulo Miklos, 66. A decisão judicial, que proíbe o ex-membro da banda Titãs de se aproximar a menos de 300 metros de sua ex-esposa e de seus familiares, além de vedar qualquer forma de contato e sua presença em locais frequentados por ela, foi divulgada inicialmente pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
O pedido, formalizado pelos advogados de Renata Galvão, baseia-se em uma série de alegações consideradas sérias pela diretora. Em seu relato, ela descreve o relacionamento como permeado por desentendimentos constantes, os quais teriam se acentuado durante o processo de divórcio. Conforme a denúncia, fotografias recentes de sua residência foram apresentadas nos autos judiciais sem sua autorização, com a acusação de que um funcionário de Miklos teria ingressado no imóvel a mando do artista para realizar as captações.
Adicionalmente, a acusação aponta que o mesmo funcionário retornou à residência em outra oportunidade, durante uma viagem de Renata ao exterior, para subtrair obras de arte de considerável valor. Esses incidentes são caracterizados como violação de privacidade e, segundo a defesa de Galvão, corroboram a necessidade da medida protetiva.
Um dos pontos mais delicados trazidos à tona envolve um suposto aborto induzido ocorrido em 2015. Renata alega ter sido submetida ao procedimento contra sua vontade, após Miklos ter expressado o desejo de não ter o filho, classificando o nascimento como uma “crueldade” contra si. O documento também menciona ameaças contínuas, ofensas verbais e atos de controle, incluindo a alegação de que o músico teria acessado seu e-mail pessoal, alterado a senha e, consequentemente, causado a perda de documentos profissionais.
O relacionamento, oficializado em 2019, teve seu fim anunciado em setembro de 2024, culminando em um divórcio litigioso. Renata Galvão, que também exerceu a função de empresária de Miklos, registrou boletins de ocorrência ao longo deste ano, nos quais detalha vivências de medo durante o casamento, chegando a se refugiar em seu quarto para garantir sua segurança.
Em resposta às acusações, a defesa de Paulo Miklos, representada pelo advogado Roberto Pagliuso, negou veementemente todas as alegações. Em nota oficial, os relatos foram classificados como “fatos mentirosos” e a divulgação teria sido ilegal, com o propósito de prejudicar a imagem do artista. A defesa assegura que “durante as investigações ficará clara a absoluta inconsistência das acusações”, ressaltando que as informações divulgadas “sugere um enredo criminal que não existe” e que se trata de uma estratégia no âmbito da disputa de divórcio. Foi também salientado que o processo tramita em segredo de Justiça.