A atriz Gaby Spanic trouxe à tona uma nova e delicada faceta de sua conturbada relação com o ex-empresário André Kostta. Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, Spanic relatou que seu filho, de 17 anos, foi prejudicado pela briga que trava com Kostta, a quem acusa de desvio financeiro e de não repassar pagamentos há meses. Segundo a artista, durante sua participação em A Fazenda 17, ela delegou ao empresário responsabilidades relacionadas ao cuidado do adolescente, que necessita de medicação controlada, e alega que tais compromissos não foram cumpridos.

“Eu fiquei machucada. Eu reclamei, falei assim: ‘por que não me paga e por que fez isso com meu filho?’. Eu senti muita raiva. Eu saí da Fazenda e fiquei muito machucada, deprimida. E ele seguia gritando, me maltratando”, desabafou a atriz, expressando a angústia vivenciada.

Em contrapartida, André Kostta refutou a acusação, questionando sua capacidade de gerir a questão médica. “Como eu poderia mandar um remédio do qual eu não posso assumir a responsabilidade? Porque eu não sou médico. Meu trabalho com ela era venda de shows, publicidade, marketing e música. Não tem nada a ver com enviar isso”, declarou o empresário.

A disputa entre Spanic e Kostta envolve alegações de um golpe financeiro que, segundo a atriz, pode chegar a R$ 5 milhões. Ela descreveu a situação como um “ataque de 360 graus” à sua pessoa e carreira, caracterizando-a como uma “tortura psicológica completa”. Spanic revelou que confiou em Kostta após ser convencida a vir do México para o Brasil em agosto, com a promessa de novos projetos televisivos e participação em A Fazenda. Inicialmente, os pagamentos foram realizados, mas, segundo ela, a partir de setembro, os repasses cessaram, gerando dificuldades financeiras e emocionais.

Sobre sua participação em A Fazenda 17, Spanic mencionou ter sido expulsa do reality e, ao deixar o confinamento, deparou-se com um cenário financeiro preocupante. Ela alega que Kostta recebeu todos os pagamentos referentes ao programa e a publicidades, mas não repassou os valores, depositando-os em sua conta, visto que Spanic ainda não possuía conta bancária no Brasil. “O que ele está fazendo é um crime. Se apropriar do que não é dele é crime”, afirmou.

André Kostta, por sua vez, negou as alegações de necessidade de Spanic, citando seu estilo de vida no Brasil. Ele argumentou que os valores de publicidades fechadas, cerca de R$ 1,5 milhão, não puderam ser pagos à vista, conforme exigência da atriz, o que teria gerado prejuízos. Kostta também alegou que Spanic lhe deve aproximadamente R$ 2,5 milhões por quebra de contrato. O caso tramita em segredo de Justiça.

Em meio a uma onda de manifestações que varreram o país neste domingo (14/12), a cidade do Rio de Janeiro foi palco de um ato público significativo na orla de Copacabana. A iniciativa, que reuniu artistas, políticos e representantes de movimentos sociais, teve como um de seus principais focos a atriz Fernanda Torres. Ela discursou para a multidão reunida, expressando forte crítica à proposta de flexibilização das penas para crimes contra o Estado Democrático de Direito.

O protesto carioca, convocado em grande parte pelo cantor Caetano Veloso, integra uma série de mobilizações nacionais que ganharam força após a aprovação do Projeto de Lei da Dosimetria pela Câmara dos Deputados. Críticos da medida argumentam que ela pode abrir brechas para a redução de penas de indivíduos condenados por sua participação em tentativas de golpe de Estado, incluindo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O PL, que já passou pelo crivo da Câmara, agora aguarda análise no Senado Federal, com previsão de debate na Comissão de Constituição e Justiça.

No carro de som, montado nas imediações do Posto 5, Fernanda Torres proferiu um discurso contundente, entrelaçando a defesa ambiental, os direitos das mulheres e a preservação democrática. A atriz direcionou um chamado direto ao Parlamento, afirmando que o Congresso não tem o direito de legislar em benefício próprio. Em um momento marcante, Torres resgatou frases de seu aclamado filme “Ato de Coragem”, pelo qual foi premiada como Melhor Atriz no Globo de Ouro de 2025, transformando o título da obra em um grito de ordem para os presentes.

Além da participação de Fernanda Torres, o evento no Rio de Janeiro contou com apresentações musicais e a presença de renomados artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Lenine, Emicida, Duda Beat, Fernanda Abreu e Xamã. O ato, animado por um trio elétrico, atraiu milhares de pessoas ao longo da tarde, conforme estimativas de observadores de atos públicos.

As manifestações contra o PL da Dosimetria se estenderam por diversas capitais brasileiras, incluindo São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Florianópolis, Natal, João Pessoa, Manaus e Porto Alegre. As pautas levantadas pelos manifestantes foram amplas, abordando também a jornada de trabalho 6×1, o marco temporal para demarcação de terras indígenas e o combate à violência contra as mulheres.

A zona norte do Rio de Janeiro foi palco de uma grande celebração no último domingo (14), com a 22ª edição da Parada LGBTI+ de Madureira. O Parque Madureira se encheu de milhares de pessoas em um evento marcado pela alegria, união e paz, reafirmando sua importância como manifestação cultural, social e política na luta por respeito e visibilidade para a comunidade LGBTI+.

Com uma programação rica e diversificada, o evento uniu música, samba e arte a discursos de conscientização, celebrando o amor em todas as suas formas e, ao mesmo tempo, reforçando a necessidade de combater a LGBTfobia, o feminicídio e as desigualdades sociais. Idealizada por Loren do Buá e organizada pelo grupo MGTT, presidido por Rogéria Meneghel, a Parada consolidou-se em sua 22ª edição como um espaço de resistência pacífica, acolhimento e construção de cidadania.

A direção artística ficou a cargo de Milton Cunha, que enfatizou o papel crucial da ocupação do espaço público como afirmação de direitos civis e humanos. “Celebrar a diversidade aqui em Madureira é direito civil”, declarou Cunha, ressaltando que a sociedade é composta por um leque de pessoas e que a comunidade LGBTQIA+, estimada em cerca de 20% da população, muitas vezes vive escondida. “Estar aqui, em praça pública, é dizer: nos respeita. É humanidade, é humanismo. Parem com essa besteira de ser melhor que os outros. Não há melhores. Todo mundo está tentando ser feliz. Saravá!”, concluiu.

Um dos momentos de maior destaque foi a coroação de Nicole Bahls como Rainha da 22ª edição. Recebida calorosamente pelo público, Nicole celebrou sua conexão com a comunidade LGBTI+ e a importância do amor e do acolhimento. “Eu sou muito apegada à comunidade LGBTQIA+, eles fazem parte da minha vida e das minhas conquistas”, afirmou, expressando sua felicidade em abraçar a diversidade.

A força da cultura popular e do samba marcou presença com Bianca Monteiro, rainha de bateria da Portela, que participou pela primeira vez do evento. Ela destacou a Parada como um espaço fundamental de fala e transformação social. “Celebrar a diversidade é celebrar a luta e o amor. A gente vive tanta guerra que a única maneira de mostrar o que a gente quer é através do amor”, pontuou.

A irreverência e a emoção tomaram conta com a participação de Inês Brasil, que emocionou o público com mensagens de fé, união e amor. “Eu não quero título, eu sou irmã de todo mundo. Graças a Deus. Se Deus é por nós, ninguém será contra nós. Vamos se unir. A vida é linda, é maravilhosa. Deus deu beleza pra cada um de nós, cada um do seu jeito”, disse a artista.

O caráter institucional e político do evento foi reforçado pela presença da ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo. Ela ressaltou o simbolismo de Madureira como território de diversidade, cultura e resistência, e a Parada como espaço de denúncia e reivindicação de políticas públicas. “Madureira primeiro é um braço que a gente pode quase que chamar de uma África no Rio de Janeiro, então já é um berço da diversidade, da pluralidade”, declarou a ministra, enfatizando a interseccionalidade e a importância da cultura na formação de mentes e corações.

Além das atrações artísticas e das discussões políticas, a Parada LGBTI+ de Madureira ofereceu serviços essenciais à comunidade, como distribuição de preservativos, testes rápidos e autotestes de HIV, além de vacinação, reforçando o compromisso com a prevenção, o cuidado e a promoção da vida.