O mundo vive um problema sério denominado COVID-19 e a quarentena é a única forma que a humanidade tem para frear a disseminação do vírus.
E com isso de ficar em casa, esbarramos em vários problemas. Além de todas as implicações negativas para a economia (que não trataremos por aqui por não ser a área especializada do site nem deste colunista), existe o já conhecido tédio e a falta de incentivos para permanecermos em casa.
O esforço das gigantes do entretenimento para manter os seus espectadores longe das ruas é notório: canais fechados liberaram sua programação, redes de televisão estão reprisando grandes momentos do esporte e até fazendo edições especiais de seus programas.
Acontece que todos os planos meio que foram traçados e última hora e, de certa forma visam o curto prazo. A Globo pausou as gravações de suas novelas e já trabalha pensando numa data para retorno.
Outras redes pararam de gravar programas de auditório e estão exibindo reprises, compactos e outros enlatados para prevenir seus contratados e convidados da exposição ao vírus.
Mas e se a quarentena durar mais que o esperado?
Não existe divulgação por parte das emissoras sobre o que farão se os números do COVID-19 não forem caindo nas próximas semanas e meses.
Porém, o esperado é que tudo continue como o que já estamos vendo: somente o jornalismo está sendo priorizado com conteúdo em estúdio e os demais programas deverão ganhar uma nova roupagem. Afinal de contas, em algum momento as emissoras vão notar perda em seus ganhos e a situação ficará insustentável.
Existem apresentadores recebendo centenas de milhares de reais sem trabalhar e isso deverá causar mudanças em contratos e também na forma de produção de conteúdo.
Fátima Bernardes, por exemplo, ficou cerca de um mês fora do ar na Globo, mas já voltou pro seu programa, que está recebendo convidados por videochamada.
Faustão, maior salário da TV brasileira, é do grupo de risco e por isso está comandando o programa de sua casa. Ele aparece com pouco conteúdo inédito e mescla sua atração com momentos marcantes de sua atração que tem mais de 30 anos de história.
Ainda na Globo, finais de eventos esportivos como Copas do Mundo e Fórmula 1 garantiram boa audiência, mesmo sendo conteúdos enlatados.
E as concorrentes da vênus platinada entendem muito disso. A Record apostou em Todo Mundo Odeia o Chris para bater de frente com o SBT nas manhãs de domingo, e vem dando certo.
Ainda no canal dos bispos, eles têm intensificado a participação do jornalismo, mas com uma faixa de reprises de novelas.
O SBT e seu tradicional Chaves não fica atrás: o enlatado é garantia de boa audiência, então não sai da grade. A reprise de novelas também faz parte da programação.
A única das grandes que ainda não investiu nisso foi a Band. Não sei se o motivo é contratual ou por falta de interesse, a emissora dos Saad ainda não reexibiu nenhuma de suas novelas.
Talvez Floribella seria uma boa pedida para completar o momento de nostalgia que esta quarentena vem instalando no público da TV aberta.
Por outro lado, a Band vem marcando bons números com o Brasil Urgente, mas suas reprises esportivas não tem dado tão certo.
Podemos concluir que…
A TV passará por mudanças, será mais simplista e terá que se acostumar a produzir um conteúdo mais fácil, menos custoso e principalmente menos glamouroso se quiser produzir algum tipo de conteúdo inédito.
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