O TV e Mais foi recebido nos bastidores da RedeTV, mais precisamente no estúdio do “Tricotando” para conversar com os apresentadores e convidados regulares da atração do fim de tarde da emissora.
Nessa parte dessa sessão especial de entrevistas, você vai conhecer um pouco mais de Franklin David, que divide a apresentação do programa com Lígia Mendes e estreia como apresentador após 7 anos e meio no TV Fama.
Para o TV e Mais, o baiano de Botuporã contou sobre sua bagagem, respeito com entrevistados, o preconceito que o jornalismo de celebridades sofre no Brasil, na nova linguagem que o “Tricotando” oferece além de, claro, seu amor pela revista Playboy.
TV e Mais entrevista Franklin David, do “Tricotando”
TV e Mais: Como é a recepção do público?
Franklin David: É bem legal! No meu prédio, por exemplo, tem algumas crianças que entram no elevador comigo, daí elas ficam olhando para mim. Tem o público mais idoso, mas também tem criança que assiste o programa, isso é muito louco.
A gente conseguiu estabelecer uma linguagem que atinge todo mundo,
isso é muito bom.
TV e Mais: Tem uma química muito boa entre você e a Lígia. Esse programa foi um desafio? As pessoas julgam muito o “jornalismo fofoqueiro”, você acha que a linguagem do programa ajudou a desmitificar esse preconceito com o jornalismo de celebridades?
Franklin David: Eu acho que a gente que faz entretenimento, sempre é julgado, principalmente quando fala de celebridade.
Eu sempre digo que não existe jornalismo mais fofoqueiro que o de esportes. Se você parar para perceber, o cara (jogador) tava na balada e no dia seguinte vira pauta do programa de esporte: “fulano estava na balada, não vai render no treino”.
Então, isso é pior que muita coisa que a gente fala. Tem muito preconceito embutido nisso aí.
Franklin David brinca sobre pauta: ‘hoje entendo o Faustão’
TV e Mais: O jornalismo de celebridades é o mais factual.
Franklin David: Sim, a gente rala muito, as pessoas pensam que é só chegar aqui e apresentar o programa de uma hora, mas não é.
Hoje em dia eu entendo o Faustão e todas aquelas anotações que ele faz durante o programa no papel. A pauta que eu fico na mão só eu entendo, porque é bastante coisa.
Nós temos as fichas, mas é algo que eu não gosto de ficar muito preso. Esse papel é bem um estudo que eu fiz e, se houver necessidade recorro a isso.
Então, não é só apresentar um programa de uma hora, chego aqui mais cedo. Dependendo do dia, chego cedo pra fazer uma externa ou para me preparar, dependendo do que
aconteceu no dia para apurar, checar, ligar para alguém.
Então existe um trabalho, toda uma preparação, um processo que as pessoas não fazem ideia.
‘Contribuiu para que eu conseguisse um respeito das pessoas’, diz Franklin David sobre TV Fama
TV e Mais: Como a bagagem do TV Fama te ajudou?
Franklin David: Eu consegui construir muito boas relações no período do TV Fama, porque eu sempre tive como objetivo respeitar a pessoa que estava sendo entrevistada.
Acho que entra meu lado humano, de me colocar no lugar da pessoa. Isso não significa que eu não vou dar a notícia, mas acho que tem várias maneiras de dar uma notícia mesmo que não seja agradável, você tem tem como dar aquela notícia sem prejudicar ou ser injusto com a pessoa.
Agindo dessa forma durante sete anos e meio de TV Fama, acredito que contribuiu para que eu conseguisse um respeito das pessoas.
Eu tenho uma baita aceitação de, por exemplo, ligar pro Carlos Alberto de Nóbrega e ele me convidar para tomar um café e bater um papo.
O Padre Fábio de Mello, que é um cara que acho genial, que eu admiro pra caramba me convidou outro dia para acompanhar todo o processo do show dele, algo que ele não faz com outras pessoas, por ser algo mais restrito, mas ele abriu para nós.
Então, eu posso dizer que esses sete anos no TV Fama ajudou que eu construísse boas relações, que eu tivesse respeito como profissional, cada dia mais me esforçando, batalhando, estudando para conseguir o que eu quero. Cada dia se aprende uma coisa.
Relação do “Tricotando” e redes sociais
TV e Mais: E qual é a bomba do dia?
No momento, o assunto é a novela, algo bem divertido para a gente comentar. Nós não necessariamente temos a bomba do dia, nós não temos a obrigação de ter uma notícia
bombástica, nossa obrigação é fazer um programa para que quem esteja do outro lado se sinta aqui nessa mesa, nesse estúdio.
Então, não vai ser uma bomba que vai fazer com que o Ibope suba. Nós temos histórias que não são uma bomba que fará o cara de casa se amarrar. A gente brinca com
alguns temas, brinca com signos do artistas e isso é bem legal.
A gente tem um termômetro nas redes sociais de que o assunto tá rendendo, de que a galera tá curtindo, o diretor sempre passa pra gente o feedback.
Franklin David comenta experiência na Playboy: ‘realização de um sonho’
TV e Mais: Como que surgiu seu amor pela Playboy?
Franklin David: Sou apaixonado por Playboy, é uma relação que já dura alguns anos.
Começou eu tinha uns onze, doze anos, porque além de fazer jornalismo, eu queria fazer fotografia, e não vou mentir: fiquei curioso pra ver a Carla Perez pelada.
Naquela época, como não tinha internet, para ver algo desse tipo de conteúdo era uma aventura.
Quando vi a Playboy da Carla Perez e algumas outras revistas, eu conheci o trabalho do Bob Wolfenson, que é um dos caras que são referência para mim na fotografia.
Começou ali, comecei a gostar da revista porque não era só mulher pelada, tinha mais conteúdo, tinha o “entrevistão”, tinha moda, tinha uma sessão chamada “mulheres que amamos”, onde elas faziam várias revelações, inclusive sobre sexo.
Era muito divertida a Playboy e quando eu vi eu já estava mais que envolvido.
Franklin David sobre o fim da Playboy: ‘doeu o coração’
Franklin David: A revista acabou, tem ainda uma edição anual virtual, mas eu encerrei como colecionador quando acabaram os exemplares de papel.
Doeu o coração, a gente fica de luto, é um processo, mas temos que entender e enfim, tenho boas lembranças.
Cheguei a trabalhar com eles nos últimos dois anos e lembro que eu mandava cartas para a redação e eles me respondiam. Imagina, eu morava numa cidadezinha de dez mil habitantes, no interior da Bahia.
Não tinha banca de revista, então era tudo bem difícil na época, mas a paixão era tanta que eu entrava em contato por carta e ter trabalhado com eles nos dois últimos anos da revista foi uma realização e tanto para mim.
Trabalhando na redação, eu via as fotos que iam para a revista, a estrela assinando o contrato ali na redação, então foi a realização de um sonho, foi algo bem mágico.
Pude trabalhar de perto na produção, com ideias, tive carta branca para viajar, construir uma temática, passar a construção do ensaio para o fotógrafo e etc.
Eu ainda olho algumas capas e imagino “caraca, essa ideia foi minha”. Numa época eles publicaram uma foto minha, rasgando elogios. Isso marcou minha carreira positivamente, sem dúvida nenhuma.
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